Do you believe in Murphy?

Era cerca de duas da manhã, e eu finalizava o trabalho chato de Informática e Sociedade: uma apresentação sobre um texto falando da concentração da internet em diversas áreas ao redor do globo. Um saco. Podia se resumir em uma única afirmação: a internet se concentra nos Estados Unidos. Simples assim. Coloco o CD regravável no drive, enquanto discuto com o sr. Pedro Câmara os efeitos da Lei de Murphy (o título desse texto era o nick dele), já que o CorelDraw dele deu pau e levou embora um trabalho.

Enquanto falo de Murphy com ele, ocorre uma súbita queda de energia. Ah, normal, a coisa mais comum do mundo são quedas de energia de madrugada em Fortaleza. Quantas vezes o video-cassete já amanheceu com o relógio piscando? Devia voltar ao normal em alguns segundos… não fosse o barulho vindo do poste.

Chego até a janela e vejo uma enorme faísca azul num componente elétrico do poste que não sei o nome, mas até que fazia uma luz legal. Fiquei besta olhando aquilo, até que a faísca azul grande dá lugar a fogo. Sinto que não vou gravar o CD com minha apresentação (que pelo menos tava salva).

De repente, outro barulho, e vejo o clarão passando da esquerda pra direita, atravessando um fio, chegando a um poste vizinho. Novo barulho, e um cabo do poste se rompe, ficando pendurado, com uma extremidade partida pegando fogo. A essa altura, já tinha gente nas janelas e na rua olhando os postes se auto-destruírem. Lembrei de Carrie, A Estranha, de Stephen King, que saía pelas ruas destruindo postes e causando incêndios.

Eu só conseguia rir, pensando na história que eu ia ter pra contar.

Cerca de três da manhã o caminhão da Coelce chega e vou dormir. Beleza. Acordo, gravo o CD (não sem o computador do meu irmão travar duas vezes), vou atrasado pra faculdade. Chego lá e uma dupla anterior tá se apresentando. O professor perde tempo fazendo comentários desnecessários. Pra citar um, durante o trabalho dum aluno que falava sobre revistas que tinham sites na internet, o professor solta a pérola:

A Playboy, por exemplo, põe no site só as fotos mais sem graça. As fotos boas mesmo tão na revista. E ninguém vai levar o computador pro banheiro.

Durante um trabalho que falava das pessoas que usavam a internet para assumir sua personalidade ou outra, o professor achou por bem falar do gerente gay que dirige seu banco:

O gerente do meu banco, que é assumidamente gay, tirou férias justamente na semana da passeata gay de São Paulo. Eu até fiquei em casa assistindo na TV, pra ver se achava ele fantasiado.

O resultado de tudo isso é que não deu tempo de eu apresentar meu trabalho, e todo o stress e a noite mal dormida foram em vão.

Isso sem citar:
– Minha glicemia tava alta e o frasco de insulina que levo pra faculdade tava vazio, e tive que aguentar por um tempo os sintomas;
– Outra apresentação, que eu tinha feito ontem à tarde e era pra aula seguinte, também foi adiada pra quinta;
– Coisas que não vão ser expostas aqui.

Eu acredito em Murphy.

12 thoughts on “Do you believe in Murphy?

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.