(tô sem internet, esse texto foi escrito uma semana atrás. Façam as devidas adaptações temporais)
“It’s times like these we learn to live again”
Foo Fighters, em , em Times like these
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Existem vontades e vontades. Há vontades impossíveis, possíveis, prováveis… Vou falar de algumas delas: as que podem ser descritas aqui. Há a vontade de deitar um dia todo, terminar livros que estão pela metade e ignorar todo o resto do universo. Há a vontade de voltar para uma duna duma praia distante e relembrar bons momentos comigo mesmo. Há, afinal, a vontade de voltar a uma praia mais próxima e entregar ao mar alguma amargura que estava comigo na última vez que pisei lá. Não que ela esteja totalmente separada de mim agora, mas parte dela já foi consumada e pode ser jogada fora. Quanto ao resto, a gente vê o que faz. Infelizmente, nem toda vontade pode ser realizada imediatamente. Por exemplo, às vezes a gente tem que estudar métodos para descoberta de raízes aproximadas de equações e deixar o resto pra lá, a contragosto.
Ah, vou falar um pouco sobre coragem. Se você não tem amor, se sua vida tornou-se amarga, se você perdeu o sono, se não há nem metade do primeiro e de esperança, se você não tem no que acreditar e sua cabeça é um poço de traumas, tenha coragem. Se o navio afundou e a única perspectiva é morrer afogado, só tem uma coisa a fazer: respirar fundo, tomar coragem e nadar até a praia. Aprendi a ter coragem. Coragem pra seguir em frente no escuro, coragem pra reconstruir certas coisas, coragem pra persistir no impossível, coragem pra dar o melhor de mim, coragem pra abrir mão quando necessário, coragem pra encarar certos lugares e pessoas, coragem pra acordar e encarar dias que pareciam insuportáveis, coragem pra não deixar possibilidades morrerem em minhas mãos, coragem pra experimentar o novo, coragem pra superar traumas, coragem pra não desistir antes de tentar, coragem pra não sufocar vontades, coragem pra falar o que penso e sinto, coragem pra combater um derrotismo e um pessimismo aos quais já fui submisso, mas com os quais hoje traço uma luta diária pra ver quem bate e quem apanha. Eu espero que tudo continue se reconstruindo e eu não morra na praia depois de nadar. Tenha coragem.
A vida é uma grande viagem onde a gente não sabe aonde chegar. A gente chega num canto, e, quando menos percebe, já tem que arrumar as malas, se despedir e ir embora pra outro lugar. Às vezes a gente nem se despede e sai pela porta dos fundos mesmo, ou então recebemos só um agradecimento como gorjeta antes da porta bater no nariz da gente. Há dias de viajar sem placas avisando o quanto falta pra chegar a algum lugar, e você tem que ter maturidade pra lidar com o desespero, que vai estar nas beiradas do caminho. Já são meses nessa estrada de terreno complicado. Eu queria descansar agora, mas a viagem não permite paradas. Então eu vou devagar, vai me cansar menos e eu não vou morrer de estafa antes da chegada. Isso tudo é o tal do princípio da transitoriedade da vida. Muita coisa a gente sabe mas demora pra entender como funciona.
E se sábado à noite tudo pode mudar, eu posso dizer que fui pegue de surpresa por palavras diversas que me atingiram em cheio. Como raras vezes na vida, eu estava no lugar certo, na hora certa, com as pessoas certas. De onde eu menos esperava, quando eu menos esperava, sem eu dizer nada, sem eu pedir nada, vieram as palavras.
Há um lugar seguro esperando por mim em algum canto. No caminho, que eu vou percorrer devagar, eu vou pensando nos lugares em que estive. Vou alcançar meu destino e descansar tranqüilo por algum tempo.
feliz por tudo isso, né?mas eu não sei nadar…saudade de você, beibe. vamo marcar uma cervejinha?
eu fico muito feliz de ouvir tudo isso de voce.espero que de tudo certo e aqui tb estou aprendendo a lidar com o desespero.é andando devagar, mesmo.meu amiguinho querido, um beijo e um abraço bem forte.natalia
Estou aprendendo a reconstruir, mas sou muito ruim nisso. Eu não nado, não, pulo de cabeça e bato na pedra que tem la no fundo, sempre. Mas tudo bem, porque meu corpo sempre volta pra superficie e eu tenho que começar de novo…
Morro de preguiça de ler teu blog.Morro de preguiça de ler.Moooorro de preguiça…
Saudades de você.E precisando do teu quebra-costela. beijo.(P.S.: E só pra constar: eu tb tenho um pouco de preguiça :@)
Esdras, lembro várias vezes das tuas palavras, que tanto já me confortaram, tantos dias. obrigada por fazer parte da minha vida. Fico feliz porque sinto nesse texto uma força que me faz ver que você está bem… bem melhor do que outros textos, outras conversas.Eu já disse que te amo?(Esdras diz: ama o caraleo, Sirlanney!)=****beijos, cocoto lindo.
eu ainda não me convenci desses 10 dias longe só pra ir prum casamento, mas… eu te perdôo. é sempre mudar mudar de ares, mas volte logo. porque os ares mudam quando falta gente querida por aqui também. boa viagem, aproveite tudo! beijo.
Custo acredito a acreditar no que leio, todo vez que leio você!? Como posso crer que algo que apareceu na minha vida tão pequenininho, possa estar deste tamanho (por dentro e por fora) e não me encantar profundamente a cada dia? Olha, quero ter aquelo nosso, que um dia me pediu em um certo almoço em sua casa!Saiba que te adoro e que a cada dia me encanto mais com essa sua nostalgia por um tempo que ainda não viveu.