No fim do ano passado, conheci a Lucía. Lucía era gente boa, teria talvez se tornado uma de minhas melhores amigas se eu não tivesse conhecido ela pouco mais de 2 meses antes dela ir embora de Fortaleza e voltar pra Argentina. Dela ouvi palavras agradáveis que não tinha pedido pra ouvir, que nem precisava ouvir e que me servem de ajuda quando preciso de apoio.
Há uns meses atrás, conheci a Andrea. Coincidência ou não, argentina também. Na verdade a conheci ano passado, mas só fui ter contato com ela meses atrás. E falava de sentimentos como vejo pouquíssima gente falar. Gente boa… Mas parece que vai embora no começo do ano que vem.
Em abril, escrevi um post sobre coisas que eu havia aprendido. Uma menina que nem conhecia comentou. Por coincidência, acabei conhecendo ela num dos sábados à noite e ela assiste aulas na mesma faculdade que eu. E foi assim que conheci a Larissa. O problema é que em algum dia do ano que vem ela tá saindo de Fortaleza também…
E dia desses deixaram um comentário no meu fotolog. Visitei o fotolog e o blog da menina, acabei descobrindo que era a irmã da Andrea, Giuliana (e que ela tem bom gosto, parece que gosta de Travis).
Aí me veio à cabeça como eu estava me aproximando de pessoas que iam embora. A gente se apega a algumas amizades, amanhã elas vão embora literalmente e lá estou eu sentindo saudades. Eu costumo encontrar dezenas de conhecidos pelas ruas; quando me despedi da Lucía no aeroporto, olhei pruma calçada e pensei: “Eu não vou poder mais encontrar a Lucía por acaso no meio da rua”. Alguém vai achar imbecil, mas isso me atingiu.
E o que eu faço? Reduzo minhas relações com as pessoas que vão embora a oi-tudo bem-tchau? Dou um tchauzinho e vou embora? Ou encaro isso de frente e depois pago o preço?
Meu coração que me perdoe… Eu escolhi o caminho mais difícil.