(Meu irmão vai odiar esse post, ele diz que não é muito chegado em blogs que falam profundamente de vida pessoal.)

De repente.

Ontem, quando eu tava no Dragão do Mar, disse pra Rachel que “numa escala de 0 a 10, eu tô no 15”. O sábado passou e rapidamente me atirou no domingo, sem nenhuma transição, e de repente me veio a sensação de que meu fim de semana não foi completo, de que não estou pronto pra segunda, que me falta alguma coisa pra acordar segunda de manhã e ir pra faculdade.

No fim de semana eu vi muita coisa que queria e não queria, talvez tenha visto mais até do que devia e enxergado mais do que realmente vi. Ouvi coisas que me fariam muito feliz, se não viessem com tantos anos de atraso. E, na hora de falar, eu fiquei calado. Quis dizer muito pra muitas pessoas, e fiquei calado. Guardei tudo pra mim, talvez com um certo receio de não ser entendido.

De repente eu me sinto morgado, sem aquela disposição pra putaria que aprendi a ter. Meu epifânico fim de semana foi repleto de cegos mascando chicletes. De repente me bateu a vontade de me atirar na cama, dormir e me desligar. Mas eu queria mais tempo antes da segunda. Queria ver mais pessoas, queria ligar pra metade da minha agenda, tirar o atraso. Não dá mais tempo.

De repente eu me sinto querendo respirar no vácuo, andar num chão que não existe. Tô com o pressentimento de que algo ruim vai acontecer. De repente me sinto atordoado, sério, medroso, obsoleto e complexo. E tô aqui, vomitando meus sentimentos, escrevendo algo que mais parece uma carta suicida (não, eu não vou me matar!) que um post do meu blog, que agora parece fazer jus ao nome.

Mas não dá pra parar o tempo, vamos em frente…

3 thoughts on “

  1. Esdras, parabéns. Este foi o primeiro post real de seu blog – e foi muito bom. Esses dias tenho me sentido como você. Acho que pior, porque não quero ver ninguém. Enfim…Te adoro! A gente se encontra essa semana no PICI! =********

  2. Muito bonito e cheio de poros… eis um post de responsa! Não sei o que houve, mas acho que vc está entrando em uma crise do não sei pra que, nem pra onde, nem com quem, nem se eu mesmo, muito menos o que, só sei que quero!

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