Rumos

“Você me diz que o tempo te levará a depender dos outros
E a morte te faz pensar em viver de novo”

Violins, em Ocidente/Oriente
“Nothing is gonna change my world”

Beatles, em Across the universe

Eu caminhava calmamente por um shopping semana passada, olhando vitrines, quando avisto um Papai Noel numa delas. O fim do ano se aproxima, e é quase inevitável não ter aqueles momentos de balanço, medir saldos.

Quando olhei o Papai Noel, finalmente percebi que era outubro. Os últimos meses passaram depressa, e é difícil digerir os fatos, que descem ora como pedras pela garganta, ora como água na temperatura certa. Não faço idéia de como 2005 vai acabar, queria de coração que fosse diferente de como as coisas estão, mas pelo visto não muda mais e essa possibilidade me assusta. Então a gente comemora a faculdade que deu uma caminhada, apesar da greve, os amigos conquistados no ano que passou. E se conforma. Ah, como eu queria errar pressentimentos e impressões…

Eu queria fazer uma viagem pra acalmar os ânimos, limpar o organismo, tirar coisas da cabeça nem que seja por decreto. A gente deixa pedaços nossos por aí e não dá pra pegar de volta, então fica aquele vazio que a gente tem que deixar fechar como um ferimento profundo.

O biscoito da sorte disse uma vez que cada etapa alcançada é uma preparação pra uma próxima. Meu sábio amigo Germano comentou que a próxima parece ser pior, como um video game, e temo que seja verdade. Mas deve haver algum sentido em tudo que aconteceu e acontece, baseado nisso eu acordo todo dia de manhã e espero que algo bom vá acontecer, com a paciência que tem quem apanhou demais.

Um dia eu vou descansar, tudo vai estar em paz.

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