Contos de Fortaleza (II)

Estava eu, lá no Campus do Benfica, da UFC. No campus, tem uma pracinha bem movimentada e cheia de árvores que o pessoal diz que é um bosque. Bem, eu estava no movimentado Bosque, quando de repente e como que me conhecesse, um sujeito de aproxima de mim e fala:

Oi, não precisa ficar nervoso. Eu não vou te fazer mal nenhum, a menos que você queira. Eu queria comprar um fumo e tava precisando completar o dinheiro. Você pode me dar um real?

Sensibilizado com a situação do pobre maconheiro e morrendo de medo, dou dois reais pra ele, que diz:

Pode me dar mais cinco reais?

Dou os cinco reais. Ele pede mais. Sem responder ou fazer alguma coisa, ele pega meu medidor de glicemia (eu sou diabético) que estava em cima da minha mochila, no meu colo, e pergunta pra que serve. Expliquei, e ele não levou (ufa).

Ele pergunta, então, se estou nervoso. Imagina. Respondo que sim com a cabeça e ele, piedosamente, fala:

Não, fica nervoso não, eu vou embora. Ó, qualquer coisa eu moro aqui perto, se alguém fizer alguma coisa contigo, fala comigo que eu dou um jeito.

E daí que perdi 7 reais? Pelo menos ganhei um amigo. Amigão.

2 thoughts on “Contos de Fortaleza (II)

  1. eh por isso q eu odeio comunista viado q faz letras portuguesa e cultura francesa e usam touca andam de bicicleta, usam pochete…e escrevem no teto do DCE "legalize o mangueiral"

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