Memórias de uma manhã ruim de quinta-feira

Qualquer coisa escrita abaixo pode ter sido exagerada ou ter prazo de validade

Dirigir a menos de 60 e evitar açúcar são alguns limites que aprendi a respeitar. Os restantes me irritam. Abraço tem que ser forte, amigo tem que ser bom, e por aí vai. O sentimento que se deixa conter não merece existir, não aprendi a não me apegar. Pra não fazer algo bem feito, prefiro não fazer (a menos que me obriguem), a marca de alguém é sua obra. Dou meu sangue para aquilo que gosto, e se grandes problemas exigem soluções extremas, eu mato mosca com canhão.


Ele está ali, do outro lado de um muro alto com espirais de arame farpado ao topo. Nasce em meio a plantações de flores espinhosas, de forma que é preciso ser forte para, dilacerado, enfim, nutrir-se de seu fruto e sentir a tranquilidade que se pode ter em meio à guerra. Se até injeção de anestesia dói, não seria diferente com ele.


Uma noite mal dormida, uma manhã de planos alterados. Gosto muito de chuva, dias chuvosos, pingos batendo no vidro, banho de chuva. Infelizmente, nem todo mundo compartilha do meu gosto e isso acaba interferindo no meu cotidiano. E enquanto a chuva bate ali fora, eu só queria não ter dezenas de contas pra fazer. Eu já fui pra faculdade com desejo de aprender, hoje eu vou pra tentar serrar meu crânio e tentar meter na cabeça os cálculos e teoremas com letras gregas, pra participar da competição entre eu e os professores: eles querendo me ferrar, eu tentando escapar. Se ao invés de giz eles tivessem pregos, talvez crucificassem os alunos.

5 thoughts on “Memórias de uma manhã ruim de quinta-feira

  1. Essa última frase foi forte. Deu pra notar demais que você tá super desgastado com tudo isso. Espero que o prazo de validade desse texto expire o mais breve possível

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