É feriado, tive que trabalhar mas vamos (finalmente) falar sobre Luke Cage, a série da Marvel no Netflix:
Nos anos que li os quadrinhos da Marvel, mal vi o Luke Cage. Depois que parei soube que a Marvel o trouxe de volta aos quadrinhos e agora apareceu essa série. Como sou pouco familiar com o personagem, isso me permitiu ver a série sem os olhos de fã.
(Sabe fã do Harry Potter que sai puto do filme porque mataram a história do livro? Sou eu com as adaptações de personagens da Marvel. Nunca consegui gostar de nenhum filme do Homem-Aranha.)
[Tentei evitar spoilers daqui pra frente, mas não garanto nada]
Durante os primeiros episódios, achei que seria difícil chegar no fim da temporada. Frases de efeito para encaixar ensinamentos, inclusive com direito a gente morrendo deixando uma lição. Clichês. Na metade da temporada, deu uma melhorada no ritmo e ficou bem melhor, consegui chegar ao fim sem achar perda de tempo. Não é imperdível, mas é uma boa série.
Pontos positivos:
- A trilha sonora. Não sei detalhes, só sei que é bom. Quem conhece mais música que eu já elogiou as bandas e cantores que aparecem tocando nas cenas da boate.
- Aborda questões infelizmente ainda relevantes em 2016. Fala da violência policial racista. Tem protagonista negro, cultura negra e mulher dando porrada, fazendo sexo e dizendo “se eu fosse homem, você não me julgaria”.
- Assim como Jessica Jones, se tirar a parte de super-herói vira uma boa série policial. É Marvel. Até quando é ruim é bom. A Marvel sempre trabalhou bem o lado psicológico dos personagens lascados, e é sempre divertido procurar a referência escondida ao Stan Lee.
Pontos negativos:
- Assim como Jessica Jones, tem deus ex machina (ou “Efeito Kilgrave”, você vai entender se viu Jessica Jones). E se os vilões atirassem em vez de falar demais, a série teria uns 3 episódios a menos.
- Clichês e frases de efeito, especialmente nos primeiros episódios. É como ter o Tio Ben várias vezes por episódio.